Não aos aparelhos ilegais!

Começo por pedir desculpa, pela qualidade das imagens, no entanto achei que mesmo assim valia a pena passá-las, até porque nas condições que elas foram tiradas não é para qualquer um. Resumindo: o mar estava de feição, a hora estava top, já começava a nascer o dia e a luz era a ideal, valia a pena arriscar e seguir os paços do Tiago por entre pedras cheias de limos e ouriços. O Tiago, já conhecedor dos trilhos deste mar, dizia:
"agora, esperas que as ondas parem e segues em frente por uma rampa (que não se via por estar a cerca de 1,5m de profundidade) até aquela pedra", pedra essa que estava uns 8 metros mais à frente e que ficava submersa quando vinham as ondas. Primeiro lá foi o Tiago à frente e literalmente a nadar só com a cabeça fora de água, lá conseguiu subir para cima da pedra. "Agora és tu, vens em frente que tens uma rampa a descer, não vás para os lados que existem uns fundões". A maré estava quase vazia e lá fui eu até ao pesqueiro. Mais atrás, outros dois exímios pescadores, faziam fila para ir para o pesqueiro e com um olhar atento avaliavam se havia peixe. Quando o sol já estava bem no alto, apareceu o banana mor. Para chegar ao pesqueiro foi uma aventura, só é possível com um fato de neoprene completo, caso contrário é banho certo.
Já em actividade, recordo-me das indicações do Tiago, "tens que lançar para a esquerda, pois em frente isto está cheio de aparelhos". Após muitos lançamentos e com o feeling que ia dar peixe, tivemos de desistir, quanto mais de dia ficava mais aparelhos se viam.
Resultado: o mar estava de robalos, tudo indicava que ia ser a pescaria do ano e... nada os aparelhos ganharam-nos 1-0.
PS: o regresso com a maré cheia, foi uma emoção! Foi surfar sem prancha, só precisei de apanhar uma onda…